Serra do Curral
Belo Horizonte/MG
DescriçãoA Serra do Curral faz a divisa entre os municípios de Belo Horizonte e Nova Lima. É composta por rochas com formação típica do conjunto que compõe o "Quadrilátero Ferrífero", da Era Pré-Cambriana Média. A Serra do Curral é o marco geográfico mais representativo da região metropolitana de Belo Horizonte, com expressivo significado simbólico, evidenciando múltiplos conjuntos paisagísticos, registros geológicos de milhões de anos e uma vegetação que comunga com o clima e a ambiência da região. Constitui, ainda, uma barreira de proteção da cidade, sendo responsável pelo clima agradável que oferece excelentes condições de temperatura ao local, abrigando-o das ventanias cortantes do sul e dos ventos quentes do norte. O tombamento incluiu o conjunto paisagístico do pico e da parte mais alcantilada, ou seja, o lado mais nobre da serra, resguardando, entretanto, apenas um trecho desta. Sua forma, embora alterada ao longo dos anos pela mineração, marca a paisagem da cidade por sua monumental beleza, servindo de referência para moradores e visitantes. Essa Serra foi palco de inúmeros episódios históricos. Tem o significado de forjador da cultura e de testemunha da evolução da área, bem como de sua ocupação humana, constituindo um monumento vivo da biodiversidade e geodiversidade da paisagem.
Situação atual:A área da Serra do Curral tombada pelo IPHAN faz parte de uma reserva natural do município de Belo Horizonte. É marcada por agressões ao seu aspecto original, pois tem sido constantemente modificada, em sua forma e aparência, pela mineração e pela ocupação humana inadequadas. O risco das queimadas, nos períodos de clima mais seco, ainda ameaça a fauna e flora da Serra, pois não existe um projeto sistêmico de combate aos incêndios. De acordo com os dados colhidos em visita a campo realizada em 2003, esse bem encontra-se em regular estado de conservação.
Informações sobre o tombamento:Esse bem foi tombado em 21 de setembro de 1960, processo nº. 591-T-58, inscrição nº. 29-A, constando do Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, p. 08.